sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Violência contra Mulher

Ao abordar o tema “violência contra mulher”, encontrei dificuldades, mas também grandes incentivadores, além de possibilitar conhecer e divulgar o Projeto Guardiã Maria da Penha, instituído pelo Decreto Municipal nº 55.089/2014 da Prefeitura do Município de São Paulo, com atuação efetiva da Guarda Civil Metropolitana para proteção da mulher em situação de violência.

O desenvolvimento do tema surge durante uma experiência profissional dentro da Guarda Civil Metropolitana- SP, Instituição uniformizada e armada, formada por homens e mulheres, baseados na hierarquia e disciplina desde 1986, onde tenho a honra de servir atualmente, cujo foco está no combate da violência no geral, com ênfase maior na violência contra a mulher e os meios oferecidos para recorrer depois de sofrer uma violência.

Contextualizando o Serviço Social na contemporaneidade, Iamamoto define que o objeto de trabalho do Serviço Social compõe-se das expressões da questão social, entendidas como as consequências das desigualdades originadas pelo capitalismo e herdadas do patriarcado, assim a violência contra a mulher datada de um período muito distante, não deixa de ser um tema atual, pois a desigualdade de gênero se faz presente em nossa sociedade contemporânea.

A violência manifesta-se de diversas maneiras e nem sempre se mostra como um ato violento, então como romper com o silêncio e o medo gerado pela violência doméstica contra a mulher?

Entende-se, assim, que a violência ocorre numa relação de intimidade e de dependência mútua, em que o agressor é uma pessoa do convívio, na qual a proximidade afetiva entre a vítima e o autor da violência dificulta a denúncia e as intervenções tradicionais das autoridades.

Então, não basta discorrer sobre a questão da violência no geral, mas focar na violência contra a mulher, identificando os reflexos da violência doméstica contra a mulher e entender como o Projeto Guardiã Maria da Penha pioneiro em São Paulo está atuando nesta importante expressão da questão social, cabendo avaliar não só a importância das medidas protetivas, como também a sua intensa necessidade de aplicação.